Como parte da preparação para o início da 110ª Expedição Científica, organizada pelo Programa de Pesquisas Científicas da Ilha Trindade (PROTRINDADE), o Navio Hidroceanográfico Faroleiro “Almirante Graça Aranha” recebeu, no dia 7 de março, em Niteroi (RJ), pesquisadores de universidades brasileiras para uma jornada científica de 31 dias nas Ilhas de Trindade e Martin Vaz. O objetivo da expedição é realizar estudos climáticos, oceanográficos, geológicos, históricos e ambientais.
Os pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) embarcaram no navio após cumprir os protocolos de segurança estabelecidos em razão da pandemia da COVID-19.
A expedição, organizada pela Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar e pelo Programa de Pesquisas Científicas na Ilha da Trindade (PROTRINDADE), é a primeira da história em que pesquisadores vão pernoitar na desabitada Ilha Martin Vaz. O local é onde acontece o primeiro nascer do sol do Brasil e fica a aproximadamente 2.400 quilômetros do continente africano. Descoberta em 1501, localizada no Oceano Atlântico, a aproximadamente 1.200 quilômetros de Vitória (ES), a ilha possui cerca de 500 metros de diâmetro, tem formato arredondado e seu topo abriga uma vegetação predominantemente rasteira. Sua fauna é formada por crustáceos, aracnídeos, insetos e aves marinhas migratórias.
Segundo a gerente do PROTRINDADE, Capitão de Corveta Vitória Régia Coelho Costa, tanto o Arquipélago Martin Vaz quanto a Ilha da Trindade são muito importantes para o País. “A ocupação garante ao Brasil a possibilidade de exploração econômica de uma faixa de 200 milhas náuticas, aproximadamente 370 km, ao seu redor. Tudo que existe na água, no solo e subsolo dessa região pertence aos brasileiros”.
As pesquisas são fundamentais para a geração de informações que auxiliam no conhecimento do nosso território. Os pesquisadores vão poder trabalhar em três frentes: no navio da Marinha, no Posto Oceanográfico da Ilha da Trindade (POIT) e no acampamento, em Martin Vaz. “A experiência de embarcar com a Marinha e trabalhar na Ilha é única, sob vários aspectos. Permite darmos continuidade à pesquisa e à observação que existem na região, desde 2004, e possibilita a compreensão do efeito dos oceanos no clima global”, afirmou o pesquisador da UFRJ Luan Schimidel Ramos de Oliveira.
As informações são da Marinha do Brasil.
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