Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) estão embarcados, desde o dia 7 de março, no Navio Hidroceanográfico Faroleiro (NHoF) “Almirante Graça Aranha”, para uma expedição científica de 31 dias, em que realizarão estudos climáticos, oceanográficos, geológicos, históricos e ambientais nas Ilhas da Trindade e de Martin Vaz.
A participação conjunta da comunidade científica e da Marinha do Brasil durante esta 110ª Expedição Científica na Ilha da Trindade e na área marítima do Arquipélago de Martin Vaz mostra o interesse de ambas as partes no desenvolvimento de pesquisas e na garantia da soberania nacional na Amazônia Azul.
Segundo o Comandante do NHoF “Almirante Graça Aranha”, Capitão de Fragata Marcelo de Abreu Souza, “o navio está prestando todo o apoio logístico, de pessoal e material aos pesquisadores. As pesquisas realizadas pela Marinha e pelas instituições que compõem esta expedição alavancarão o entendimento em diversas áreas científicas de interesse do Brasil”.
Pela primeira vez na história, os pesquisadores vão pernoitar na desabitada Ilha Martin Vaz, local onde acontece o primeiro nascer do sol do Brasil, que fica a aproximadamente 1.200 quilômetros de Vitória (ES) e a 1.550 km da cidade do Rio de Janeiro (RJ).
Importância das ilhas para o Brasil
A importância estratégica das ilhas oceânicas – casos de Trindade e Martin Vaz – foi consolidada pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, que garante o direito de o Brasil estabelecer Mar Territorial e Zona Econômica Exclusiva ao redor das ilhas. Assim, é acrescentada uma área marítima de raio de 200 milhas (aproximadamente 370 km) ao redor de cada ilha oceânica, garantindo ao País exclusividade para explorar, explotar, conservar e gerir os respectivos recursos naturais, vivos e não vivos, da massa líquida, do solo e do subsolo marinhos, o que contribui para o desenvolvimento econômico brasileiro.
As ilhas oceânicas também tem importante valor científico, socioeconômico e ambiental, em função da singularidade de seus ecossistemas, das espécies endêmicas, da constituição e da evolução geológica e da possibilidade de geração de dados essenciais para previsões meteorológicas, estudos geológicos, geotécnicos, oceanográficos e climáticos, entre outros.
A pesquisa científica nessas localidades consideravelmente bem distantes da costa brasileira reforçam, desta forma, a soberania do Brasil na Amazônia Azul, por onde trafega mais de 95% do comércio exterior brasileiro e extraído cerca de 95% do petróleo nacional, sendo, ainda, acervo de incontáveis recursos vivos, minerais e sítios ambientais, com a existência de estratégicos portos, centros industriais e de energia. O dinamismo e a evolução de cenários oceanopolíticos e interesses de toda a ordem, demandam, cada vez mais, uma presença robusta do Estado brasileiro na Amazônia Azul.
As informações são da Marinha do Brasil.
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