Dois avançados simuladores de voo do Gripen E foram instalados na Base Aérea de Anápolis (BAAN), sede do 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA), esquadrão que opera os caças Gripen no país.
A alta tecnologia e o grau de realismo dos simuladores de voo permitem que as missões de treinamento criem cenários reais e que a Força Aérea Brasileira experiencie situações de seu interesse, trazendo melhor preparo para os oficiais.
Para o Tenente-Coronel Aviador Gustavo Pascotto, comandante do 1º GDA, as vantagens de contar com os equipamentos no Brasil são inúmeras e vão desde a economia nos treinamentos, até o aperfeiçoamento das missões.
“Do básico ao avançado, os simuladores de voo são usados em duas etapas abrangendo todo o seu espectro de utilização. Na fase inicial, contribui no treinamento para ambientar os pilotos na operação básica da aeronave, como parte do processo de implantação desse vetor na FAB. Em um segundo momento, são usados em tarefas ainda mais estratégicas no treinamento operacional de alto nível, ou seja, em cenários e situações de alta complexidade”, explica.
Acompanhe no vídeo abaixo o processo de instalação dos dois simuladores do Gripen E na BAAN e a entrevista com o comandante.
Peças
Em outubro, a Saab iniciou a produção da primeira fuselagem dianteira do Gripen E em sua fábrica no Brasil. Esta é a parte mais complexa produzida no país e demandou esforço e conhecimento especializado de profissionais para sua conclusão.
A fuselagem dianteira da aeronave é a célula onde senta o piloto. Nela são instalados o assento ejetável, comandos de voo como manche e pedais, o canopi, o radar AESA, os displays de cabine e toda a aviônica da aeronave.
A peça foi finalizada na última semana de outubro e será enviada para a Suécia para compor a cadeia global de suprimentos para a produção dos próximos caças, uma vez que as estruturas produzidas no Brasil ou na matriz são idênticas e podem ser instaladas em qualquer aeronave Gripen E.
O Programa Gripen
A parceria com o Brasil começou em 2014, com um contrato para o desenvolvimento e produção de 36 aeronaves Gripen E/F para a Força Aérea Brasileira, incluindo sistemas,
suporte e equipamentos. Um amplo programa de transferência de tecnologia, que está sendo executado em um período de dez anos, está impulsionando o desenvolvimento da indústria aeronáutica local por meio das empresas parceiras que participam do programa Gripen Brasileiro.
No decorrer desse período, mais de 350 técnicos e engenheiros brasileiros estão participando de treinamentos teóricos e práticos, na Suécia, para adquirirem o conhecimento necessário para a execução das mesmas tarefas no Brasil.
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