Uma cerimônia digna de um Comando Militar de Área com efetiva capacidade operacional e logística, capaz de empregar produtos de defesa tecnologicamente avançados. Foi a percepção de quem presenciou a transmissão do cargo de Comandante Militar do Planalto, em Brasília, nesta quinta-feira (23/3). O General de Divisão Gustavo Henrique Dutra Menezes passou a função para o General de Divisão Ricardo Piai Carmona.
A Tropa Planalto desfilou, debaixo de chuva, com vibração e entusiasmo no Campo de Parada Marechal José Pessoa. Durante a solenidade, o Comando Militar do Planalto (CMP) também demonstrou seu poder de fogo, com blindados da artilharia de mísseis e foguetes, grupamentos mecanizados, hipomóvel, de artilharia de campanha e de operações especiais.
Presidida pelo comandante do Exército, General de Exército Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, a transmissão de cargo contou ainda com a presença de antigos comandantes da Força e do CMP, de Oficiais Generais do Alto do Comando do Exército, além de autoridades do poder judiciário. “O General Dutra liderou as missões cumpridas por este Comando Militar de Área, com impactos perceptíveis na operacionalidade da tropa e na gestão dos diversos setores e processos. Expresso os sinceros agradecimentos pelo excelente trabalho realizado à frente do CMP, onde exerceu, com plenitude, a liderança e a lealdade que emolduram seu acendrado espírito militar”, afirmou o comandante da Força.
Caracterizado como um Comando Militar de Área com atribuições peculiares, o CMP atua no cerimonial e segurança presidencial, no Sistema de Obras de Engenharia do Exército, além de possuir tropas mecanizadas e do módulo especializado. Os seus quadros são de alto valor estratégico para a Força Terrestre e reúnem vários tipos de especialistas militares, fundamentais para a defesa do país, particularmente da capital federal.
O CMP e a capital federal
No final do século XIX, uma expedição chefiada pelo cientista militar belgo-brasileiro Tenente-Coronel Luiz Cruls demarcou a área da futura capital federal. A construção de Brasília inicia-se, então, na segunda metade da década de 1950. Para as demandas de segurança e defesa das instituições transferidas do Rio de Janeiro para o Planalto Central, nasceu o Comando Militar do Planalto.
Um aquartelamento de madeira, próximo ao Palácio da Alvorada, foi o embrião, sede da primeira organização militar do Exército Brasileiro em Brasília – a 6ª Companhia de Guardas. Quatro dias após a inauguração da capital federal, em 25 de abril de 1960, foi criado o Comando Militar de Brasília e a 11ª Região Militar, abrangendo os territórios do Distrito Federal, do estado de Goiás e da região do Triângulo Mineiro. Mais tarde, com a emancipação do norte goiano, também incorporou sob sua jurisdição a maior parte do estado do Tocantins.
Missão
Nomeado oficialmente Comando Militar do Planalto, em 1969, suas missões são contribuir com o Exército Brasileiro para a garantia da Soberania Nacional, dos Poderes Constitucionais, da Lei e da Ordem; cooperar com o desenvolvimento nacional e o bem-estar social; apoiar a Segurança Presidencial; realizar a Guarda e o Cerimonial Militar da Presidência da República; participar de operações internacionais; e colaborar para o fortalecimento da imagem da Força.
O CMP desenvolveu suas atividades durante quatro décadas na Esplanada dos Ministérios, sendo transferido em 2013 para as atuais instalações, no Setor Militar Urbano. Junto ao seu moderno e sustentável Quartel-General, está a sede da 11ª Região Militar, autônoma desde 1994 e responsável pelo suporte às tropas do Comando Militar do Planalto. O CMP ainda conta com outras duas grandes unidades – o Comando de Artilharia do Exército e o Comando de Operações Especiais – e seis organizações militares diretamente subordinadas – Batalhão de Polícia do Exército, Batalhão da Guarda Presidencial, 1º Regimento de Cavalaria de Guardas, 2º Batalhão Ferroviário, Base de Administração e Apoio e 7ª Companhia de Inteligência.
As informações são do Exército Brasileiro.
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