Aumento das missões nos aeroportos do Galeão e de Guarulhos traduzem sinergia entre as autoridades aeroportuárias
A Operação Ponte Aérea, que envolve atuação das autoridades aeroportuárias para combate ao crime organizado por meio da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), completou 30 dias na terça-feira (05/12). A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio da Força Aérea Numerada 34 (FAN 34), Comando Operacional subordinado ao Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), divulga o saldo da Operação deflagrada após Decreto nº 11.765, de 1º de novembro de 2023.
Durante o período, as ações preventivas e repressivas realizadas nos aeroportos internacionais de Guarulhos, em São Paulo (SP), e do Galeão, no Rio de Janeiro (RJ) já contabilizam mais de 465 missões em ambos os aeroportos, com mais de 163,6 kg de drogas apreendidas. Cabe destacar que, além dos números, a sinergia e o amadurecimento consolidado entre as autoridades aeroportuárias atuantes na GLO, obtidos a partir de uma relação de confiança construída no decorrer das atividades, denotam o saldo positivo da Operação Ponte Aérea.
É o que destaca o Comandante da Operação pela FAB, Major-Brigadeiro do Ar Luiz Guilherme da Silva Magarão. “Não devemos nos ater somente aos números apresentados. Eles são importantes, pois representam a quantidade de operações realizadas, ou seja, retratam indicadores de esforço, o que é válido para efeito de planejamento e análises futuras. Ao aumentarmos a quantidade de ações, estamos construindo uma relação de sinergia e confiança com as demais agências participantes da GLO, as quais passam a demandar cada vez mais a nossa colaboração”, expressou o Oficial-General.
Dados da Operação Ponte Aérea
Nos primeiros 30 dias da Operação, 3.049 pessoas e 1.118 veículos foram revistados, conforme o protocolo para abordagem e revistas da população em operações de GLO, atividade que envolve discrição e respeito aos direitos de funcionários e passageiros. Já as ações de patrulhamento somam 760 horas, enquanto as atividades de faro totalizam 167 horas, alcançando um volume de cerca de 30.155 metros cúbicos, o que equivale a aproximadamente 17 aeronaves Boeing 747-400 completamente carregadas.
Ao todo, já foram realizadas aproximadamente 305 horas de ações interagências, ou seja, em colaboração com a Polícia Federal, Receita Federal, Polícia Rodoviária Federal, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Polícias Militar e Civil de ambos os estados. As atividades envolveram auação na área operacional dos aeroportos, nas áreas de movimentação de bagagens, fiscalização de cargas suspeitas ou passageiros e funcionários, com ajuda de cães farejadores, patrulha dos perímetros dos aeroportos com uso de viaturas e militares armados atuando em pontos sensíveis e também realização de rondas nos saguões.
A segurança
Nas palavras do Comandante da Operação, esse tipo de atuação traz imediatamente um aumento da percepção de segurança na sociedade, uma vez que o patrulhamento está sendo feito no cotidiano dos aeroportos. “A simples presença de uma equipe de militares já tem um efeito muito importante e faz até com que o comportamento das pessoas mude”, pontuou o Major-Brigadeiro Magarão.
No Aeroporto do Galeão, conforme relato do Diretor de Operações da Concessionária Rio Galeão, Dimas Salvia, desde que começou a GLO, com a presença da FAB nos saguões, o comportamento dos passageiros mudou e ele não tem tido nenhum tipo de problema com alteração de comportamento como havia vivenciado antes da GLO.
Já para o Diretor de Operações da GRU Airport, Georges Chaoubah, a presença da Força Aérea tem sido um diferencial, já notável pelo público de forma positiva. “Os passageiros já percebem essa movimentação diferente e eu creio que dá um sentimento de maior segurança”, expressou.
Sinergia como legado
A relação de confiança construída entre as autoridades aeroportuárias é um importante saldo positivo que pode ser considerado também um legado da Operação. O Comandante da FAN 34 reforça a importância da construção dessa relação. “A Força Aérea Brasileira, desde a criação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), não tem tido uma atuação direta dentro dos aeroportos. A nossa atuação só ocorre nos aeroportos quando há um acionamento como esse de GLO, o que já ocorreu em outras oportunidades. Pudemos perceber que, ao longo desses primeiros 30 dias, a sinergia foi sendo construída, resultando numa relação de confiança, que penso que tende a se estender para depois da GLO. Então eu considero que seja um significativo legado que vai ficar da Operação”, pontuou.
Atuação na Faixa de Fronteira
A Força Aérea Brasileira (FAB) também tem desempenhado um papel crucial no fortalecimento das ações de prevenção e repressão de delitos na faixa de fronteira. Nos últimos 30 dias, a FAB intensificou suas operações demonstrando um compromisso robusto com a segurança nacional e a proteção das fronteiras. Este esforço coordenado visa a manutenção do controle do espaço aéreo, a fim de coibir atividades ilícitas como o tráfico de drogas e armas, que frequentemente ameaçam a soberania e a segurança do Brasil. Desde o dia 6 de novembro, a FAB detectou e identificou, por meio de seus sistemas integrados, mais de 802 voos na faixa de fronteira.
Por meio de ações no controle do espaço aéreo, a FAB tem empregado seus meios de detecção em sinergia com atividades de cooperação com a Polícia Federal, no intuito de monitorar e interceptar potenciais ameaças adentrando o território brasileiro. Essas ações, que combinam tecnologia, informações de inteligência e experiência militar, têm sido fundamentais para garantir a integridade das fronteiras nacionais. O uso de caças da FAB como instrumento de identificação visual de aeronaves tem sido um recurso valioso na redundância desse processo. A eficiência das ações em cumprimento ao Decreto 11.765 reflete o alto nível de preparo e dedicação dos profissionais da FAB, que trabalham incansavelmente para garantir a segurança do nosso país.
Fotos: Suboficial Johnson, Sargento Néris e Sargento Renata / CECOMSAER e Soldado Takashi / BASP
As informações são da Força Aérea Brasileira.