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Primeira fase do projeto de foguete brasileiro financiado é apresentada em SP

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MDIC fecha parceria com Amazon para impulsionar exportações de MPME brasileiras

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Centro de Avaliações do Exército encerra teste operacional de Míssil Anticarro

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Embraer entrega segundo KC-390 Millennium para a Força Aérea Portuguesa

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Exportações também alcançaram patamar histórico, chegando a US$ 339 bilhões com o aumento de 8,7% no volume exportado

 

O comércio exterior brasileiro fechou 2023 batendo recorde histórico de exportação, com saldo comercial próximo dos US$ 100 bilhões e aumento no número de empresas exportadoras. Os números consolidados da balança comercial do ano passado foram divulgados nesta sexta-feira (5/1) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Em 2023, as exportações alcançaram US$ 339,67 bilhões, resultado inédito para o país, superando em 1,7% os números de 2022. O volume exportado cresceu 8,7%, ao passo que os preços caíram 6,3%. Já as importações tiveram queda de 11,7% e fecharam 2023 em US$ 240,83 bi. Os preços dos bens importados caíram 8,8%, enquanto o volume reduziu 2,6%. A combinação desses dois movimentos levou a um saldo comercial de US$ 98,8 bilhões – superando em 60,6% o recorde anterior, que era de 2022.

Contribuiu para esse expressivo resultado, entre outros fatores, uma maior atuação das empresas brasileiras no comércio exterior. O total de firmas exportadoras cresceu 2% em 2023, chegando a 28,5 mil empresas, número também recorde.

O principal destino dos produtos brasileiros em 2023 foi a China. As exportações para o gigante asiático alcançaram US$ 105,75 bilhões – aumento de 16,5% sobre 2022. É a primeira vez na história do comércio exterior brasileiro que as exportações para um único parceiro comercial ultrapassam a casa dos US$ 100 bi.

Também se destacaram, entre os países para os quais houve crescimento das vendas, as exportações para a Argentina, que aumentaram 8,9% em relação a 2022, totalizando US$ 16,72 bi. Para dois outros parceiros de grande porte, EUA e União Europeia, houve queda de 1,5% e 9,1%, respectivamente.

Já as importações registraram queda em relação a três desses quatro parceiros: EUA (-26%), China (-12,4%) e Argentina (-8,4%). Ao mesmo tempo, as compras brasileiras da União Europeia cresceram 2,6% e totalizaram US$ 45,42 bi, com destaques França, Alemanha e Itália.

A corrente de comércio anual (exportações + importações) ficou em US$ 580,507 bilhões, 4,3% abaixo de 2022.

O vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, comemorou os resultados ao abrir a entrevista coletiva para jornalistas.  “O comércio exterior é fundamental para a economia, para o emprego, para a renda, para o desenvolvimento brasileiro”.  Ele ressaltou o papel do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no incremento dos negócios com outros países. “Quero destacar o esforço do presidente Lula indo aos principais mercados do mundo, na Ásia, na África, na Europa, nos Estados Unidos, aqui na América Latina”.  Como exemplo, Alckmin citou o acordo Mercosul-Singapura, celebrado depois de 12 anos, durante a presidência do Brasil no Mercosul.

Para a obtenção dos bons resultados, o ministro também destacou o trabalho dos ministérios da Fazenda, Planejamento e Relações Exteriores, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

A secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, pontuou as várias contribuições de um saldo comercial robusto para a economia brasileira. “Esse superávit expressivo contribui para as contas externas e para aumentar a oferta de dólares na economia e manter o real forte em relação à moeda americana. Isso contribui para conter pressões inflacionárias, para melhorar o poder de compra dos consumidores, e contribui para nossas reservas internacionais.  E isso aumenta a confiança na economia”, destacou.  “Um superávit histórico do Brasil contribui inclusive para que, enfim, nosso déficit em transações correntes seja o menor em muito tempo”.

Setores e produtos

O crescimento das exportações no ano passado foi puxado principalmente pela agropecuária (9%) e pela indústria extrativa (3,5%), enquanto as vendas totais da indústria de transformação tiveram queda de 2,3%.

Nos três setores, os produtos que mais se destacaram em termos de crescimento de vendas externas foram animais vivos, milho, soja, minérios, açúcares, alimentos para animais e instalações e equipamentos de engenharia civil.

O continente asiático, maior comprador dos produtos brasileiros em 2023, importou principalmente soja, milho, açúcar, minério de ferro e óleos brutos de petróleo.

Quanto às importações, houve queda nos três setores, sendo 21% na agropecuária, 27% na indústria extrativa e 10% na indústria de transformação.

Os principais recuos foram nas compras de trigo e centeio, milho, látex, batata, carvão, petróleo, gás natural, combustíveis e adubos e fertilizantes, entre outros.

Dezembro de 2023

Os dados específicos de dezembro de 2023, que consolidaram o resultado do ano, mostram exportações de US$ 28,839 bilhões e importações e US$ 19,479 bilhões, com saldo positivo de US$ 9,36 bilhões e corrente de comércio de US$ 48,318 bi. A exportação e o saldo comercial foram recordes para meses de dezembro.

As exportações cresceram 9,5% sobre dezembro de 2022, com desempenhos positivo nos três setores: agropecuário (13,7%), indústria extrativa (8,9%) e indústria de transformação (8,6%).

Já as importações caíram 10,7% no total em dezembro. A queda foi de -21,7% na Agropecuária, -54,1% na Indústria Extrativa e -6% na Indústria de Transformação.

Entre os principais parceiros, em dezembro de 2023, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, diminuíram as exportação para a Argentina (-14,3%) e para os EUA (-5%), mas aumentaram para a China (41,6%) e para a União Europeia (4,3%).

Já as importações caíram nos quatro casos: Argentina (-9,7%), China (-1,8%), EUA (-21,7%) e União Europeia (-12%).

Novo cronograma de divulgação da balança

O cronograma de divulgações dos dados da balança comercial em 2024 foi definido com base nos seguintes critérios:

Serão divulgados resultados parciais preliminares do mês no primeiro dia útil da semana, das 15h às 15h30min, horário de Brasília.

  • Sempre que o período de composição da semana imediatamente anterior tiver 3 (três) ou mais dias úteis. Semanas compostas por menos de 3 (três) dias úteis serão divulgadas juntamente com a semana imediatamente seguinte;
  • Não haverá duas divulgações (parcial preliminar do mês e coletiva da balança/dados consolidados) em uma mesma semana;
  • Não haverá divulgação na semana de fechamento do ano calendário.

 

Serão divulgados resultados consolidados do mês, em coletiva de imprensa, nas datas indicadas no cronograma (confira aqui), das 15h às 18h30min, horário de Brasília.

No mesmo dia, após a coletiva de imprensa, serão atualizados os sistemas Comex Stat e Comex Vis, base de dados abertos, séries históricas, planilhas consolidadas, monitor do comércio exterior e demais relatórios mensais.

As informações são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

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