A Operação Ágata Fronteira Oeste II completou 90 dias no início de fevereiro, atingindo a marca de quase 130 milhões de reais em apreensões de drogas e outros ilícitos decorrentes de crimes transnacionais e ambientais. Desde o dia 29 de janeiro, o Brasil conta com a colaboração do Paraguai no combate aos ilícitos transfronteiriços, no que foi denominada Operação Basalto. As atividades na faixa de Fronteira entre os dois países acontecem com ações simultâneas desde Porto Murtinho (MS) à Foz do Iguaçu (PR).
No Paraguai, a Operação Basalto é realizada pelo Comando de Operações de Defesa Interna das Forças Armadas paraguaias, Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), Ministério Público, Polícia Nacional e órgãos federais de controle de armas e de combate a crimes tributários. Ao todo estão sendo empregados cerca de 1950 militares e civis na Operação Basalto. Até o momento, as Forças de Segurança paraguaias detectaram e destruíram o equivalente à 525 toneladas de maconha e apreenderam 303 kg de maconha prensada. Além disso, prenderam 24 pessoas. O prejuízo estimado para as organizações criminosas é de 75 milhões de reais.
Para que as operações simultâneas fossem possíveis, reuniões de coordenação foram realizadas entre militares do Exército Brasileiro envolvidos na Operação Ágata Fronteira Oeste II com militares do Exército Paraguaio. Inicialmente, integrantes da 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada, com sede em Cascavel-PR, e a 3ª Divisão de Infantaria do Exército do Paraguai delimitaram os objetivos da operação de cooperação, em um encontro nas instalações do 34° Batalhão de Infantaria Mecanizado, em Foz do Iguaçu-PR.
Da mesma forma, em 08 de Janeiro de 2024, na sede do 11º Regimento de Cavalaria Mecanizado, em Ponta Porã, fronteira sul de Mato Grosso do Sul, a 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada também promoveu um encontro entre militares das duas nações para a condução coordenada, ajustes de procedimentos e condutas.
Operação Ágata Fronteira Oeste II segue até maio
A previsão é que a Op Ágata Fronteira Oeste II mantenha suas atividades até 03 de maio. Atualmente, aproximadamente 2000 militares do Exército Brasileiro seguem em constantes atividades, em diversas ações articuladas com órgãos de segurança pública e fiscalização. Uma ação conjunta e integrada das Forças Armadas com a Polícia Federal, Receita Federal, Polícia Rodoviária Federal, Agência Brasileira de Inteligência, Secretaria Nacional de Políticas Penais, as Secretarias de Segurança Pública, as Polícias Civis, as Polícias Militares e os Gabinetes de Gestão Integrada de Fronteiras e Divisas dos Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná.
O Comando Operacional Oeste tem como principais missões intensificar ações nos Postos de Bloqueio de Estrada e Fluvial, Patrulhamento mecanizado, aéreo e motorizado e Posto de Segurança Estático. O trabalho é realizado através da 13ª Brigada de Infantaria Motorizada, 18ª Brigada de Infantaria do Pantanal, 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada e 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada.
É importante ressaltar que essa Operação se dá em prol da sociedade e o seu sucesso depende da colaboração de todos, por isso, foi disponibilizado um serviço de disque denúncia por meio do telefone 0800 358 0007. As ligações efetuadas para o telefone não têm custo para o cidadão e funciona de forma ininterrupta, respeitando-se o anonimato dos denunciantes.
Pesquisa de Opinião
O principal objetivo da Operação Ágata Fronteira Oeste II é combater os crimes transfronteiriços para proteger e promover a segurança, principalmente a extratos populacionais residentes nas localidades onde as tropas estão sendo empregadas. Pensando nisso, foram realizadas duas pesquisas de opinião para entender a percepção da sociedade em relação ao desenvolvimento das operações.
O número de entrevistados chegou a 1400 pessoas, abrangendo a área de atuação nos estados de MT, MS e PR. Dentre os dados apurados, ficou constatado que: 95% vê de forma positiva a integração das FA com as Agências de Segurança. Paralelamente, 83% da população percebem um aumento da sensação de segurança nessas regiões, enquanto 94,9% considera as atividades de combate aos crimes transnacionais e ambientais realizadas no âmbito da Operação Ágata Fronteira Oeste II extremamente positivas.
As informações são do Comando Militar do Oeste.