O Navio Polar “Almirante Maximiano” concluiu, em 20 de janeiro, o lançamento de 25 batitermógrafos descartáveis (XBT), durante a segunda etapa da 39ª “OPERANTAR”.
A coleta de dados feita no Navio Polar visa ao conhecimento do perfil térmico de posições geográficas pré-selecionadas no Oceano Atlântico Sul e compõe as demandas de atividades de pesquisa apresentadas pelo Centro de Hidrografia da Marinha e conduzidas pelo Navio durante a “OPERANTAR”.
Entre outros propósitos, os dados oriundos do XBT alimentam o Banco Nacional de Dados Oceanográficos, contribuindo para uma melhor compreensão da relação oceano-atmosfera na região e aperfeiçoando os modelos numéricos de previsão meteorológica.
O Navio Polar “Almirante Maximiano” – ou “Tio Max”, como é conhecido por sua tripulação –desatracou do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro no dia 28 de outubro, dentro da OPERANTAR. A operação segue até abril deste ano e contará, ainda, com a atuação do Navio de Apoio Oceanográfico (NApOc) “Ary Rongel”.
A Operação se reveste de singular importância, ao garantir a continuidade do PROANTAR, mesmo nesse cenário desafiador imposto pela pandemia da COVID-19. Em face dessas restrições, este ano não houve embarque de pesquisadores das diversas instituições de ensino e pesquisa do País, que desenvolvem projetos de pesquisa em áreas como oceanografia, biologia, geologia e meteorologia, utilizando como base o Navio, a Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) e os acampamentos estabelecidos na região antártica. De modo a garantir segurança à tripulação, foram implementadas medidas sanitárias especiais, tais como a realização de testes de detecção da COVID-19, o cumprimento de quarentena a bordo e o reforço nas medidas de limpeza e afastamento social, entre outras.
O NPo “Almirante Maximiano”, sob o comando do Capitão de Mar e Guerra Anderson Marcos Alves da Silva, tem como principais tarefas efetuar o apoio logístico à EACF, desenvolver trabalhos de reparo e manutenção nos refúgios antárticos e recolher material remanescente de acampamentos realizados em operações anteriores. São realizados, também, levantamentos hidrográficos, visando à atualização de cartas náuticas sob responsabilidade do Brasil, como membro da Comissão Hidrográfica da Antártica, na Organização Hidrográfica Internacional (OHI).
Para auxiliar no cumprimento da missão, serão utilizadas duas aeronaves de emprego geral e um grupo de mergulhadores. Serão utilizadas as novas aeronaves UH-17, do 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral, recentemente adquiridas pela Marinha do Brasil. As aeronaves embarcadas representam um importante vetor de apoio ao PROANTAR, por proverem apoio à ciência, em locais remotos e de difícil acesso, além de serem fundamentais no auxílio à navegação nas águas austrais. As informações são da Marinha do Brasil.