A Indústrias Nucleares do Brasil – INB finalizou no último dia 10 a entrega da 17ª Recarga de Angra 2 para a Eletronuclear após superar as restrições orçamentárias com o apoio do Ministério de Minas e Energia – MME. Seguindo diversos protocolos de controle e prevenção da covid-19 para dar continuidade às atividades, a produção foi concluída em junho, cumprindo o cronograma previsto pela empresa. Ao todo foram realizados onze transportes e entregues 44 elementos combustíveis referentes a essa Recarga.
Os comboios partiram da Fábrica de Combustível Nuclear, em Resende/RJ, com destino à Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, em Angra dos Reis/RJ, sendo acompanhados por diversas instituições nos níveis federal, estadual e municipal. Cabe à INB a embalagem do material e à Eletronuclear o planejamento e a coordenação do transporte.
A recarga é o processo de reabastecimento de uma usina nuclear por meio da substituição de elementos combustíveis descarregados por novos. Estes elementos são estruturas metálicas, com até 5 metros de altura, formadas por um conjunto de tubos, chamados de varetas, que recebem as pastilhas de urânio enriquecido. A etapa após a produção é o transporte até as usinas.
A produção para a 27ª Recarga de Angra 1 será iniciada em outubro e a previsão de entrega dos elementos combustíveis à Eletronuclear é junho de 2022. Também para ser entregue no próximo ano, a produção da 18ª Recarga de Angra 2 já está sendo adiantada.
Laboratório
O Laboratório de Controle Ambiental da Unidade de Concentração de Urânio (URA) da INB, em Caetité/BA, recebeu o certificado de “Laboratory of Excellence” pelo terceiro ano consecutivo e conquistou, pela quarta vez seguida, a classificação de satisfatório no programa de proeficiência interlaboratorial denominado ERA, desenvolvido por uma empresa americana de mesmo nome. O programa avalia o desempenho nas análises em relação a outros participantes em todo o mundo com o mesmo conjunto de parâmetros ambientais.
O químico Joel Augusto Moura Porto, responsável pela área certificada na INB, destaca a importância desses programas. “Eles servem como controle da qualidade da metodologia que é empregada nas mais variadas atividades de um laboratório”, avalia. “Além disso, é o caminho à creditação do laboratório que, na busca pelo selo ISO 17025, deve manter o alto grau de confiabilidade nas suas análises, colocando-o em um patamar altíssimo, digamos mundial, na excelência de análises para determinação de urânio, de parâmetros físico-químicos, de ânions, metais traço e demais químicas”, acrescenta Porto.
A metodologia de avaliação adotada pelo ERA consiste no envio de amostras que devem ser analisadas em um prazo especificado. É a precisão e a exatidão dos resultados obtidos que atesta que o laboratório tem capacidade técnica para analisar a concentração de urânio em diversos tipos de amostras. O desempenho é definido como satisfatório, preocupante ou insatisfatório e quando um laboratório consegue o status de satisfatório para todas as análises que se predispôs a realizar, é emitido o certificado de “Laboratory of Excellence”.
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