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Primeira fase do projeto de foguete brasileiro financiado é apresentada em SP

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Mercosul e Emirados Árabes Unidos iniciam negociações de um acordo de livre comércio

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Potencial da energia nuclear é destacado em reunião no Palácio Guanabara

Na última semana, o governador do Estado do Rio de Janeiro, Claudio Castro, recebeu o diretor geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Mariano Grossi, no Palácio Guanabara. O encontro contou com a presença da AMAZUL, representada pelo...

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Se você é um empreendedor com uma ideia inovadora, esta é sua chance! O Nexus, hub de inovação do PIT, anuncia a abertura de inscrições para o Batch#24! Reconhecido como uma das cinco melhores incubadoras de negócios privados do mundo, segundo o World Benchmark Study...

MDIC fecha parceria com Amazon para impulsionar exportações de MPME brasileiras

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Ação inédita: aeronave SARP é lançada do “Atlântico” para mapear áreas atingidas no RS

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Centro de Avaliações do Exército encerra teste operacional de Míssil Anticarro

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Embraer entrega segundo KC-390 Millennium para a Força Aérea Portuguesa

Aeronave é a segunda entregue na configuração OTAN A Embraer entregou hoje a segunda aeronave multimissão KC-390 para a Força Aérea Portuguesa (FAP). A plataforma conta com equipamentos que atendem ao padrão da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) já...

A Indústrias Nucleares do Brasil – INB finalizou na última quinta-feira (28/04), na Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), em Resende/RJ, a produção da 18ª Recarga de Angra 2, totalizando 56 elementos combustíveis, num teor de 4,25% de enriquecimento. A data de início de transporte dos elementos para a usina ainda não foi definida pela Eletronuclear.

Quanto ao atendimento à Angra 1, o superintendente de Produção do Combustível Nuclear da INB, Marcelo Sobral, informou que a produção da 27ª Recarga foi iniciada em meados de março e a previsão é que seja concluída em julho.

A recarga é o processo de reabastecimento de uma usina nuclear por meio da substituição de elementos combustíveis descarregados por novos. Estes elementos são estruturas metálicas, com até 5 metros de altura, formadas por um conjunto de tubos, chamados de varetas, que recebem as pastilhas de urânio enriquecido. A etapa após a produção é o transporte até as usinas.

Summer Summit

O presidente da Indústrias Nucleares do Brasil – INB, Carlos Freire Moreira, mediou, no dia 28 de abril, um painel durante o último dia da Nuclear Summit 2022, conferência apresentada pela Eletronuclear. No intuito de discutir as tendências do mercado nuclear brasileiro à luz dos grandes movimentos mundiais, o evento trouxe grandes nomes do setor, como o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Mariano Grossi.

Com a temática Mineração e Combustível, o painel mediado por Freire contou com a presença do diretor de Produção do Combustível Nuclear da INB, Márcio Adriano Coelho, da secretária Adjunta da Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, Lilia Mascarenhas Sant’Agostino, do diretor de Geologia e Recursos Minerais do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Márcio Remédio, e também dos convidados internacionais: o vice-presidente de Vendas e Marketing da URENCO, Magnus Mori, e o vice-presidente de Marketing da CAMECO, David Doerksen.

Foi unanimidade entre os participantes que a energia nuclear tem papel fundamental na transição para a descarbonização, o processo de redução de emissões de carbono na atmosfera, especialmente de dióxido de carbono (CO2). A mudança em escala global, no entanto, gera grandes desafios para as empresas do setor, que precisarão se adaptar para atender às novas demandas do mercado, que incluem o crescimento no número de reatores avançados e dos Pequenos Reatores Modulares (SMR – Small Modular Reactors, em inglês) ao redor do mundo nos próximos anos.

A disponibilidade de matéria-prima, no caso, o urânio, foi um dos desafios relacionados durante as discussões, que levaram em conta o cenário geopolítico atual e o fato de grande parte das reservas do minério na Europa estarem em território russo. Apesar da seriedade da questão levantada, acredita-se, de acordo com os presentes, que a capacidade produtiva brasileira não será afetada, considerando o país entre os dez com maiores recursos de urânio no mundo, tendo apenas 30% de seu território prospectado. O objetivo dos órgãos responsáveis, segundo Márcio Remédio e confirmado por Lilia, é que o Brasil, em breve, possa produzir concentrado de urânio (U3O8) não apenas para atender Angra 1, 2 e 3, mas também para exportar o material sobressalente.

Os planos citados pela secretária foram em consonância com a fala de Márcio Adriano em relação à visão de futuro que existe para a INB e o ciclo brasileiro de energia nuclear. De acordo com o diretor de Produção do Combustível Nuclear da empresa, espera-se que, em 2027, Angra 3 esteja operando comercialmente com recargas anuais, já que no momento, a INB trabalha na produção do primeiro núcleo do reator.

“Está prevista também para 2027 a possibilidade de uma nova tecnologia de elementos combustíveis: o Combustível Tolerante a Acidentes (ATF – Accident Tolerant Fuel, em inglês), que foi desenvolvido para evitar incidentes como o de Fukushima, no Japão, em 2011”, revelou o diretor.

Márcio destacou ainda a necessidade de a empresa estar preparada para atender as demandas que podem surgir nos anos seguintes, como a instalação de uma nova usina nuclear brasileira em 2031 e a previsão de SMRs em diversos pontos do país.

“Existe a previsão de que, em 2035, não haverá oferta suficiente de conversão para atender à demanda do mercado. Para isso, juntamente à Marinha do Brasil, estamos cooperando em um projeto conceitual de uma planta piloto para podermos realizar pelo menos parte da etapa de conversão no Brasil”, disse, acrescentando que, em relação ao enriquecimento de urânio, até o final deste ano, a INB terá dez cascatas em funcionamento, enriquecendo 70% do material necessário para as recargas de Angra 1. O projeto de expansão da planta, no entanto, visa entregar o total de 30 cascatas, permitindo assim, realizar nas instalações o enriquecimento de 100% do urânio que irá compor as recargas de Angra 1, 2 e 3.

O Nuclear Summit 2022 abordou ainda temas como taxonomia verde, oportunidades de negócio, a presença de mulheres no setor, regulação e licenciamento, além de trabalhar em diversas frentes assuntos relacionados aos SMRs. O evento foi idealizado e realizado pela Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares – ABDAN em parceria com a World Nuclear Association (WNA) e a AIEA.

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