As vendas de armas e serviços militares das 100 maiores empresas do mundo alcançaram US$ 592 bilhões em 2021. O valor total cresceu 7,6% em 2021 comparado ao ano anterior. Corrigido pela inflação, o crescimento real foi de 1,9%. As informações são do Stockholm International Peace Research Institute (SIPRI).
Este foi o sétimo ano seguido de aumento nas vendas de armas. O crescimento permanece abaixo da média dos quatro anos anteriores à pandemia de Covid-19 (3,7%), ainda que maior do que no ano de 2020 (1,1%).
A lista do Top 100 inclui as 100 empresas com as maiores vendas de armas durante o ano em questão e para as quais o SIPRI pôde acessar dados suficientes. ‘Venda de armas’ é definido como a venda de bens militares e serviços a clientes militares nacionais ou estrangeiros.
Os Estados Unidos, sozinho, concentram 40 dos maiores fabricantes de armas do mundo. Em seguida, China e Reino Unido tem 8 cada. Outros países relevantes são Rússia, com 6 empresas, França com 5, Alemanha e Japão com 4 cada um. Além destas, a base SIPRI ainda discrimina 3 empresas “transeuropeias”, ou seja, sem a sede definida em um país: a Airbus, MBDA e a KNDS (originada da fusão entre a KMW e a Nexter).
Portanto, a maioria dos fornecedores se encontram entre as grandes potências do globo, que podem ser descritas como: Alemanha, China, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido e Rússia. Estes países somados tem 77 das maiores empresas. No Top 25 empresas de defesa do mundo, 12 delas são dos Estados Unidos, 7 são chinesas e 6 europeias (incluindo o Reino Unido). De forma inédita, nenhuma empresa da Rússia aparece entre as primeiras.
Covid-19
Muitos setores da indústria de defesa ainda eram atingidas pela pandemia do Coronavírus em 2021, alterando as cadeias de comércio, incluído atrasos nas entregas de armas e equipamentos ou mesmo de componentes vitais.
“Nós esperávamos um crescimento ainda maior nas vendas de armas em 2021 se não houvesse os problemas na cadeia logística”, comenta Lucie Béraud-Sudreau, diretora do Programa de Despesas Militares e Produção de Armas do SIPRI. “Algumas companhias, como Aribus e General Dyamics, relataram escassez de mão-de-obra”.
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